Sobre o curso

Nos últimos anos, o governo, através do MEC/SEED (Secretaria de Educação a Distância do Ministério da Educação), tem investido vultuosos recursos no aumento do acesso às tecnologias de informação e comunicação (TIC), no âmbito da escola pública, da Educação a Distância (EAD) e da comunidade. Os programas de inclusão digital, as interfaces como a TV-Escola via rede de computadores, a implantação de redes de educação a distância, a produção de conteúdos, programas educativos em diferentes mídias e níveis de ensino, a criação de parcerias entre secretarias de educação (estaduais e municipais) e instituições de ensino superior, a capacitação de profissionais para a gestão e o uso crítico e criativo dessas tecnologias são exemplos de ações que vêm sendo desenvolvidas em diversas regiões do país, há mais de uma década.


Porém, tais medidas não têm sido suficientes para promover a efetiva incorporação das TICs nos processos educacionais. Isso porque o verdadeiro aproveitamento dessas tecnologias e inovações só ocorre quando os agentes educativos adotam as mídias na sua prática pedagógica. Por sua vez, esse processo de incorporação vem sendo dificultado, em grande parte, pela deficiente capacitação dos professores frente à utilização das TIC no processo educacional. 

De outra parte, o aumento do acesso às TICs não tem gerado currículos mais flexíveis ou novas dinâmicas de aula. Em geral, a prática pedagógica continua inalterada e presa a rotinas ultrapassadas, apesar de a inserção das TICs representar novas oportunidades para redesenhar os currículos, criar práticas de ensino-aprendizagem que combatam a rotina, a previsibilidade e a monotonia. Sendo assim, com o uso das novas TICs, esperam-se a efetivação de metodologias e dinâmicas que contribuam com a motivação dos alunos, sua participação no processo educacional e efetiva aprendizagem. 

Os constantes avanços tecnológicos em matéria de informação, comunicação e globalização da economia demandam constantes investimentos em educação e qualificação dos seus agentes. A desconsideração dessas novas exigências aumenta a defasagem social, econômica e cultural entre os países mais e os menos desenvolvidos. Nesse cenário, a educação continuada, a qualificação e atualização dos professores são fatores-chave para o desenvolvimento.

Nesse cenário e diante do imenso potencial pedagógico de poderosos recursos tecnológicos, as instituições de ensino devem fazer frente às novas demandas e à formação de profissionais qualificados, repensar, reorganizar e reposicionar sua própria estrutura curricular e propiciar o desenvolvimento de propostas inovadoras, assumindo uma postura de abertura e flexibilidade, promovendo, assim, projetos criativos, ousados e desafiadores.

Universidade Federal de São João del-Rei